A Capgemini Consulting, consultoria em estratégia e transformação global
do Grupo Capgemini, em parceria com a Universidade da Pensilvânia, a
empresa de recrutamento executivo Korn/Ferry e a fornecedora de serviços
de logística Panalpina, anunciaram os resultados do relatório mundial
que analisa o mercado de serviços terceirizados de logística. O 17º
Estudo Anual sobre Terceirização de Logística (Annual Third-Party
Logistics (3PL) Study) de 2013 revela que, apesar do cenário desafiador,
o faturamento mundial do setor continua crescendo, com as empresas de
logística aumentando a sua presença e criando valor para seus clientes.
65% das transportadoras respondentes declararam que aumentou o uso
desses serviços em suas empresas.
O relatório revela que a concorrência mais acirrada e o ambiente
econômico difícil levam as transportadoras a lançarem mão de empresas de
logística como principal maneira de inovar a cadeia de suprimentos e
mitigar os seus riscos. O relacionamento entre as operadoras de serviços
de logística e as transportadoras continua evoluindo. Essas últimas
buscam gerar valor real e diferenciação frente à concorrência, por meio
de sua escolha do prestador de logística. No entanto, o relatório mostra
que as empresas de logística ainda têm um longo caminho a percorrer
para que consigam atender às crescentes demandas das transportadoras.
Com base nas respostas de mais de 2.300 transportadoras e prestadores
de serviços de logística na América do Norte, Europa, Ásia-Pacífico,
América Latina e outras regiões, o estudo revela que as demandas de
logística das transportadoras são cada vez mais complexas, na busca de
novas e ousadas soluções que as ajudem a encontrar maneiras para crescer
e diferenciar-se no mercado. Até recentemente, as empresas de logística
podiam demonstrar inovação aperfeiçoando os seus processos
gradualmente, adotando novas tecnologias ou melhorando a execução. No
entanto, as transportadoras acreditam cada vez mais que tais melhorias
nos processos não são suficientes para impulsionar suas cadeias de
suprimento e que precisam de uma inovação drástica para conseguirem se
diferenciar no mercado ou na cadeia de valor, oferecendo, por exemplo,
entrega no mesmo dia ou adotando rótulos com RFID. Ainda assim, muitas
transportadoras não confiam na capacidade de suas fornecedoras operarem
no nível estratégico necessário para essa inovação drástica. As empresas
de logística que responderam à pesquisa (89%) acreditam, em sua
maioria, que estão prontas para inovar, mas apenas 53% das
transportadoras concordam.
“A maior parte das parcerias entre as empresas de logística e as
transportadoras não está configurada de forma a promover a inovação. As
transportadoras geralmente contratam empresas de logística somente num
nível muito tático, o que faz com que essas últimas não tenham uma visão
ou percepção real da organização e de seus desafios," afirma Dan
Albright, vice-presidente e responsável pela cadeia de suprimentos da
América do Norte na Capgemini Consulting. “É necessário haver relações
realmente estratégicas entre todos os parceiros envolvidos para
desenvolver as inovações drásticas capazes de solucionar os desafios que
as cadeias de suprimentos enfrentam. Isso exigirá uma mudança
considerável na forma como muitas parcerias entre operadores logísticos e
transportadoras são estruturadas”.
Da mesma forma, o relatório revela que, com a vulnerabilidade sem
precedentes das complexas cadeias de suprimento atuais aos impactos
negativos de eventos disruptivos, as transportadoras exigem também que
seus fornecedores de logística sejam capazes de mitigar riscos. Diversos
fatores, entre eles, cadeias de suprimentos ampliadas, estoques
reduzidos e menores ciclos de vida dos produtos, estão tornando a
interrupção da cadeia de suprimentos algo cada vez mais provável e mais
caro do que nunca. As perdas econômicas com problemas da cadeia de
suprimento aumentaram 465% de 2009 a 2011, enquanto o número de empresas
que experimentam esse problema cresceu 15%¹. O relatório destaca que o
mau tempo e a ameaça de uma pandemia são a maior causa de interrupção da
cadeia de suprimentos, citadas por 69% das transportadoras
respondentes. A volatilidade das commodities, mão de obra e despesas com
energia elétrica estão em segundo lugar, citadas por 59%.
Consequentemente, quase metade das empresas de logística (44%) afirmam
que estão mais preocupadas com os riscos da cadeia de suprimento e sua
mitigação do que há cinco anos. Parcerias mais estreitas (69%), melhor
planejamento da continuidade dos negócios (61%), ferramentas voltadas à
visibilidade da cadeia de suprimentos (65%) e melhor treinamento dos
funcionários (64%) são as principais estratégias que as empresas de
logística estão usando para mitigar os riscos da cadeia de suprimentos.
Mesmo assim, apesar do crescente risco de interrupções, muitas empresas
estão investindo pouco no planejamento da mitigação dessas paradas.
Sem estratégias mais modernas, tais como mapeamento da cadeia de
suprimentos e gestão dos riscos empresariais, as estratégias atuais não
serão tão eficientes na minimização desses riscos. As transportadoras
que implementaram medidas eficientes afirmam que a melhor maneira de
criar uma estratégia sólida para mitigação dos riscos da cadeia de
suprimentos é realizar uma avaliação detalhada do estado da rede, criar
um plano abrangente para corrigir as maiores fontes de vulnerabilidade e
planejar a reação para o caso de interrupção.
“O aumento da concorrência e pressões sobre os preços estão fazendo com
que transportadoras busquem custos menores de mão de obra e manufatura
fora da empresa; a distribuição centralizada concentrou mais produtos e
estoques num número menor de lugares; o ciclo de vida dos produtos está
diminuindo em alguns segmentos e, ao mesmo tempo, as empresas estão
reagindo ao ambiente econômico desafiador, reduzindo os seus estoques.
Tudo isso está originando cadeias de suprimento globais cada vez mais
complexas, aumentando, consequentemente, o impacto negativo gerado pela
sua interrupção,” afirma Sven Hoemmken, diretor Global de Marketing e
Vendas da Panalpina. "Uma estratégia de mitigação sensata é essencial
para reduzir os custos e criar uma vantagem sobre a concorrência. Para
desenvolver uma cadeia de suprimentos sólida, que equilibre os riscos e
as novas oportunidades de crescimento, é necessário fazer uma avaliação
rigorosa da cadeia atual, seguida de um plano de mitigação das maiores
áreas de vulnerabilidade.”
O relatório também destaca o valor que algumas transportadoras estão
gerando com os seus prestadores de serviços de logística. As
transportadoras revelaram que gastam uma média de 12% do seu faturamento
em logística, sendo cerca de 39% desse gasto com serviços terceirizados
de logística, e tanto as transportadoras (86%) quanto as empresas de
logística (94%) consideram a relação entre eles bem sucedida. Um pouco
mais da metade (56%) das transportadoras disseram que a contratação de
um prestador de serviço de logística gerou diretamente benefícios anuais
adicionais. Elas também declararam que obtiveram uma grande economia
com a redução dos custos de logística (15%), redução do custo do estoque
(8%) e redução dos ativos fixos de logística (26%).
Fonte: http://www.logweb.com.br/novo/conteudo/materia/31076/transportadoras-dao-cada-vez-mais-importancia-a-servicos-terceirizados-de-logistica/
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"Logística Atualizada"
- Wendel leal
- Lauro de Freitas, Ba., Brazil
- Os profissionais de logística são bastante dinâmicos, criativos e motivados em solucionar problemas e a superar novos desafios. A dificuldade serve como um fator motivador e não como obstáculo profissional. Em geral, são profissionais com boa capacidade de comunicação, hábeis na negociação e têm facilidade de trabalhar em equipe, além de alta flexibilidade e adaptabilidade às mudanças. E-mail: wendelolive@oi.com.br
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